
Depois de muita pressão, o governador Geraldo Alckmin encaminhou a Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) o projeto de lei que cria a RM Vale do Paraiba, ou Região Metropolitana do Vale do Paraiba e Litoral Norte, com 5 sub-regiões, como a do Litoral Norte, com os municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilha Bela.
Temos três audiências públicas da Alesp agendadas para este mês.
No dia 25 deste mês, ocorrerá em Taubaté, no dia 28/11, em Caraguatatuba e no dia 29/11 a audiência será em Guaratinguetá.
Portanto, não esqueça que no dia 28/11, aqui em Caraguatatuba nós temos um compromisso, o de participar desta audiência pública e garantir o desenvolvimento e o crescimento da nossa cidade.
Segue abaixo a minuta do projeto de lei da RM Vale:
GABINETE DO GOVERNADOR
DO
ESTADO DE SÃO PAULO
Cria a Região Metropolitana do
Vale do Paraíba e Litoral Norte, e dá providências correlatas.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembleia Legislativa
decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:
CAPÍTULO I
DA REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO PARAÍBA E
LITORAL NORTE
Artigo 1º
- Fica criada a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, como
unidade regional do território do Estado de São Paulo, nos termos do artigo 25,
§ 3º, da Constituição Federal, dos artigos 152 a 158 da Constituição Estadual e
da Lei Complementar nº 760, de 1º de agosto de 1994.
Artigo 2º - A Região Metropolitana do
Vale do Paraíba e Litoral Norte tem por objetivo promover:
I - o planejamento regional para o
desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida;
II - a cooperação entre diferentes níveis de
governo, mediante a descentralização, articulação e integração de seus órgãos e
entidades da administração direta e indireta com atuação na região, visando ao
máximo aproveitamento dos recursos públicos a ela destinados;
III - a utilização racional do território, dos
recursos naturais e culturais e a proteção do meio ambiente, mediante o
controle da implantação dos empreendimentos públicos e privados na região;
IV - a integração do planejamento e da execução
das funções públicas de interesse comum aos entes públicos atuantes na região;
V - a redução das desigualdades regionais.
Artigo 3º
- Integram a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte os
Municípios de: Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira
Paulista, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Cunha,
Guaratinguetá, Igaratá, Ilhabela, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas,
Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba,
Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, Santo Antonio
do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São José dos Campos, São
Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Taubaté, Tremembé e Ubatuba.
Parágrafo único
- Integrarão a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte os
Municípios que vierem a ser criados em decorrência de desmembramento,
incorporação ou fusão dos Municípios a que se refere o “caput” deste artigo.
Artigo 4º
- Os Municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
serão agrupados na seguinte conformidade:
I - Sub-região 1:
Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro
Lobato, Paraibuna, Santa Branca, São José dos Campos.
II - Sub-região 2:
Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhagaba, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luis do Paraitinga, Taubaté, Tremembé.
III - Sub-região 3: Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim, Roseira.
IV - Sub-região 4: Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São
José do Barreiro, Silveiras.
V - Sub-região 5: Caraguatatuba, Ilhabela, São
Sebastião, Ubatuba.
Parágrafo único
- Caberá ao Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do
Paraíba e Litoral Norte, instituído pelo artigo 5º desta lei complementar,
estabelecer em regimento próprio as normas relativas ao processo de organização
e funcionamento das sub-regiões a que se refere este artigo.
CAPÍTULO II
Dos Conselhos e das Câmaras Temáticas
Seção I
Do Conselho de Desenvolvimento
Artigo 5º
- Fica criado o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do
Paraíba e Litoral Norte, de caráter normativo e deliberativo, a ser organizado
na forma estabelecida por esta lei complementar, pelo artigo 154 da
Constituição do Estado e pelos artigos 9º a 16 da Lei Complementar nº 760, de
1º de agosto de 1994.
§ 1º
- O Conselho de Desenvolvimento integrará a entidade autárquica a que se refere
o artigo 17 desta lei complementar.
§ 2º
- As deliberações do Conselho de Desenvolvimento serão compatibilizadas com as
diretrizes fixadas pela União e pelo Estado para o desenvolvimento da Região.
Artigo 6º
- O Conselho de Desenvolvimento terá as seguintes atribuições, além daquelas
fixadas no artigo 13 da Lei Complementar nº 760, de 1º de agosto de 1994:
I -
deliberar sobre planos, projetos, programas, serviços e obras a serem
realizados com recursos financeiros do Fundo de Desenvolvimento da Região
Metropolitana do Vale da Paraíba e Litoral Norte, a que se refere o artigo 21
desta lei complementar;
II -
outras atribuições de interesse comum que lhe forem outorgadas por lei.
Artigo 7º
- O Conselho de Desenvolvimento será composto pelo Prefeito de cada Município
integrante da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, ou por
pessoa por ele designada, e por representantes do Estado, ou seus respectivos
suplentes, vinculados aos campos funcionais de interesse comum.
§ 1º
- Os representantes do Estado no Conselho de Desenvolvimento e seus respectivos
suplentes serão designados por ato do Chefe do Poder Executivo, a partir das
indicações das Secretarias a que se vincularem as funções públicas de interesse
comum.
§ 2º
- Os representantes e seus suplentes serão designados por um período de 24
(vinte e quatro) meses, permitida a recondução.
§ 3º -
Os membros do Conselho de Desenvolvimento poderão ser substituídos, mediante
comunicação ao Colegiado, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Artigo 8º
- O Conselho de Desenvolvimento terá 1 (um) Presidente, 1 (um) Vice-Presidente
e 1 (uma) Secretaria Executiva, cujas funções e atribuições serão definidas em
regimento próprio.
§ 1º
- O Presidente e o Vice-Presidente serão eleitos pelo voto secreto de seus
pares, para mandato de 1 (um) ano, permitida a recondução.
§ 2º
- Em caso de empate, proceder-se-á a nova votação, à qual concorrerão os 2
(dois) mais votados, e, persistindo o empate, serão considerados eleitos os
mais idosos.
§ 3º
- A Secretaria Executiva será exercida pela entidade autárquica a que se refere
o artigo 17 desta lei complementar.
Artigo 9º
- É garantida, no Conselho de Desenvolvimento, a participação paritária do
conjunto de Municípios em relação ao Estado.
Parágrafo único
- Para que se assegure a participação paritária a que se refere este artigo,
sempre que existir diferença de número entre os representantes do Estado e dos
Municípios, os votos serão ponderados, de modo que, no conjunto, tanto os votos
do Estado, como os dos Municípios, correspondam, respectivamente, a 50%
(cinquenta por cento) da votação.
Artigo 10
- O Conselho de Desenvolvimento só poderá deliberar com a presença da maioria
absoluta dos votos ponderados.
§ 1º
- A aprovação de qualquer matéria sujeita a deliberação ocorrerá pelo voto da
maioria simples dos votos ponderados.
§ 2º
- Na hipótese de empate, far-se-á nova votação, em reuniões seguintes e
sucessivas, até o número de 3 (três), findas as quais, persistindo o empate, a
matéria será submetida a audiência pública, voltando à apreciação do Conselho
de Desenvolvimento para nova deliberação.
§ 3º
- Persistindo o empate, a matéria será arquivada, não podendo ser objeto de
nova proposição no mesmo exercício, salvo se apresentada por 1/3 (um terço) dos
membros do Conselho de Desenvolvimento ou por iniciativa popular, subscrita, no
mínimo, por 0,5 % (meio por cento) do eleitorado da Região.
§ 4º
- O Conselho de Desenvolvimento promoverá a publicação de suas deliberações na
Imprensa Oficial do Estado.
Artigo 11
- O Conselho de Desenvolvimento convocará, ordinariamente, a cada 6 (seis)
meses, audiências públicas destinadas à exposição de suas deliberações
referentes aos estudos e planos em andamento e à utilização dos recursos do
Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral
Norte, a que se refere o artigo 21 desta lei complementar.
Parágrafo único
- O Conselho de Desenvolvimento realizará, sempre que deliberado por seus
pares, audiências públicas para exposição e debate de estudos, políticas,
planos, programas e projetos relacionados às funções públicas de interesse
comum da Região Metropolitana do Vale da Paraíba e Litoral Norte.
Artigo 12
- O Conselho de Desenvolvimento especificará as funções públicas de interesse
comum ao Estado e aos Municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e
Litoral Norte, dentre os seguintes campos funcionais:
I -
planejamento e uso do solo;
II -
transporte e sistema viário regional;
III -
habitação;
IV -
saneamento ambiental;
V -
meio ambiente;
VI -
desenvolvimento econômico;
VII -
atendimento social;
VIII -
esportes e lazer.
§ 1º
- O planejamento do serviço previsto no inciso II deste artigo será de
competência do Estado e dos Municípios integrantes da Região Metropolitana do
Vale do Paraíba e Litoral Norte.
§ 2º
- A operação de transportes coletivos de caráter regional será realizada pelo
Estado, diretamente ou mediante concessão ou permissão, observadas as normas de
licitação.
§ 3º
- Para os efeitos desta lei complementar, os campos funcionais indicados nos
incisos V, VI e VII deste artigo compreenderão as funções saúde, educação,
planejamento integrado da segurança pública, cultura, recursos hídricos, defesa
civil e serviços públicos em regime de concessão ou prestados diretamente pelo Poder
Público, sem prejuízo de outras funções a serem especificadas pelo Conselho de
Desenvolvimento.
Artigo 13
- É assegurada, nos termos do § 2º do artigo 154 da Constituição Estadual e do
artigo 14 da Lei Complementar nº 760, de 1º de agosto de 1994, a participação
popular no processo de planejamento e tomada de decisões, bem como na
fiscalização da realização de serviços ou funções públicas de caráter regional.
Seção II
Do Conselho Consultivo
Artigo 14
- O Conselho de Desenvolvimento estabelecerá, em seu regimento, regras sobre a
criação e funcionamento do Conselho de Consultivo da Região Metropolitana do
Vale do Paraíba e Litoral Norte, a ser composto por representantes:
I -
da sociedade civil;
II -
do Poder Legislativo dos Municípios que integram a Região Metropolitana do Vale
do Paraíba e Litoral Norte;
III -
do Poder Executivo Municipal;
IV -
do Poder Executivo Estadual.
§ 1º
- O Conselho Consultivo poderá ser criado em cada sub-região da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
§ 2º
- O Conselho de Desenvolvimento disciplinará, em seu regimento, o processo de
escolha dos representantes dos organismos indicados nos incisos I e III deste
artigo, que deverão ser escolhidos por seus pares e ter domicílio eleitoral em
sua base geográfica.
§ 3º
- O Poder Executivo Estadual será representado pela Secretaria de
Desenvolvimento Metropolitano.
Artigo 15
- Cabe ao Conselho Consultivo:
I -
elaborar propostas representativas da sociedade civil, do Poder Executivo
Estadual e do Poder Executivo Municipal dos municípios que integram a Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, a serem submetidas à
deliberação do Conselho de Desenvolvimento;
II -
propor ao Conselho de Desenvolvimento a constituição de Câmaras Temáticas e de
Câmaras Temáticas Especiais, observado o disposto no artigo 16 desta lei
complementar;
III -
opinar, por solicitação do Conselho de Desenvolvimento, sobre questões de
interesse da respectiva sub-região.
Parágrafo único
- O Conselho Consultivo poderá encaminhar matérias para a deliberação do
Conselho de Desenvolvimento, por meio de iniciativa popular, subscrita por, no
mínimo, 0,5 % (meio por cento) do eleitorado da sub-região.
Seção III
Das Câmaras Temáticas
Artigo 16
- O Conselho de Desenvolvimento poderá constituir Câmaras Temáticas, para as
funções públicas de interesse comum, e Câmaras Temáticas Especiais, voltadas a
um programa, projeto ou atividade específica, como subfunção entre as funções
públicas definidas pelo Colegiado.
Parágrafo único
- O Regimento Interno do Conselho de Desenvolvimento disciplinará o
funcionamento das Câmaras Temáticas e das Câmaras Temáticas Especiais
CAPÍTULO III
Da Entidade Autárquica
Artigo 17 -
Fica o Poder Executivo autorizado a criar, mediante lei complementar, entidade
autárquica de caráter territorial, com o fim de integrar a organização, o
planejamento e a execução das funções públicas de interesse comum da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, sem prejuízo das competências
de outras entidades envolvidas, em conformidade com o disposto no artigo 17,
“caput”, da Lei Complementar nº 760, de 1º de agosto de 1994.
§ 1º
- A autarquia, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, gozará
de autonomia administrativa e financeira, e terá sede e foro no Município de
São José dos Campos.
§ 2º
- Caberá à autarquia:
1
- arrecadar as receitas próprias ou as que lhe
sejam delegadas ou transferidas, inclusive multas e tarifas relativas a
serviços prestados;
2
- elaborar planos, programas e projetos de
interesse comum e estratégico, estabelecendo objetivos e metas, bem como
fiscalizar e avaliar sua execução;
3
- promover a desapropriação de bens declarados
de utilidade pública, quando necessários à realização de atividades de
interesse comum;
4 - exercer
outras atribuições que lhe sejam conferidas por lei.
Artigo 18
- A autarquia será dotada de estruturas técnicas e administrativas de dimensões
adequadas para as suas atribuições, podendo descentralizar suas obras e
serviços, respeitados os limites legais.
Artigo 19
- A autonomia de gestão administrativa, financeira e patrimonial, que
caracteriza o regime especial da autarquia, consiste na capacidade de:
I -
em relação à gestão administrativa, conduzir, de acordo com as atribuições
legais, os assuntos referentes a pessoal, organização dos serviços e controle
interno;
II -
em relação à gestão financeira e patrimonial, elaborar e executar o orçamento,
gerir a receita e os recursos adicionais, administrar os bens móveis e imóveis
e celebrar convênios e contratos.
Artigo 20
- A autarquia terá como estrutura básica um Conselho de Administração, cujas
funções serão exercidas pelo Conselho de Desenvolvimento da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, nos termos do § 2º do artigo
17 da Lei Complementar nº 760, 1º de agosto de 1994, e uma Diretoria Executiva.
Parágrafo único
- A direção executiva da autarquia será exercida por 1 (um) Diretor
Superintendente e 2 (dois) Diretores Adjuntos, aos quais serão atribuídas
funções técnicas e administrativas.
CAPÍTULO IV
Do Fundo de Desenvolvimento da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
Artigo 21
- Fica o Poder Executivo autorizado a instituir o Fundo de Desenvolvimento da
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, vinculado à entidade
autárquica a que se refere o artigo 17 desta lei complementar, que se regerá
pelas normas do Decreto-lei Complementar nº 18, de 17 de abril de 1970.
§ 1º
- O Fundo terá a finalidade de dar suporte financeiro ao planejamento integrado
e às ações conjuntas dele decorrentes, no que se refere às funções públicas de
interesse comum entre o Estado e os Municípios metropolitanos.
§ 2º
- A aplicação dos recursos do Fundo será supervisionada por um Conselho de
Orientação, composto por 6 (seis) membros, na seguinte conformidade:
1 - 4
(quatro) do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do
Paraíba e Litoral Norte;
2 - 2
(dois) Diretores da autarquia a que se refere o artigo 17 desta lei
complementar.
§ 3º
- O Fundo será administrado, quanto ao aspecto financeiro, por instituição
financeira oficial do Estado.
Artigo 22
- São objetivos do Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do
Paraíba e Litoral Norte:
I -
financiar e investir em planos, projetos, programas, serviços e obras de
interesse da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte;
II -
contribuir com recursos técnicos e financeiros para:
a) melhoria da qualidade de vida e
o desenvolvimento socioeconômico da Região;
b) a elaboração de estudos, pesquisas e projetos, objetivando a
melhoria dos serviços públicos municipais considerados de interesse comum;
c) redução
das desigualdades sociais da Região.
Parágrafo único
- Os recursos do Fundo de Desenvolvimento deverão ser aplicados de acordo com
as deliberações do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale
do Paraíba e Litoral Norte, a que se refere o artigo 6º desta lei complementar.
Artigo 23
- Constituem recursos do Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale
do Paraíba e Litoral Norte:
I -
do Estado e dos Municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral
Norte, destinados por disposição legal;
II -
transferências da União, destinadas à execução de planos, programas e projetos
de interesse da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte;
III
- empréstimos internos e externos e recursos provenientes da ajuda e cooperação
internacional e de acordos intergovernamentais;
IV
- retorno das operações de crédito, contratadas com órgãos e entidades da
administração direta e indireta do Estado e dos Municípios da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte e de concessionárias de
serviços públicos;
V
- produto das operações de crédito e rendas provenientes da aplicação de seus recursos;
VI
- receitas resultantes de aplicação de multas legalmente vinculadas ao Fundo,
que deverão ser destinadas à execução de serviços e obras de interesse comum;
VII
- recursos decorrentes do rateio de custos referentes à execução de serviços e
obras, considerados de interesse comum;
VIII
- doações de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais,
estrangeiras ou multinacionais;
IX
- outros recursos eventuais.
CAPÍTULO V
Das Disposições Gerais
Artigo 24
- Os Municípios e o Estado deverão compatibilizar, no que couber, seus planos,
programas e projetos com as diretrizes metropolitanas estabelecidas em lei ou
fixadas pelo Conselho de Desenvolvimento.
Artigo 25
- Para atender às despesas resultantes da aplicação desta lei complementar,
fica o Poder Executivo autorizado a:
I -
abrir crédito especial até o limite de R$ 100,00 (cem reais), na Secretaria de
Desenvolvimento Metropolitano;
II
- proceder à incorporação, no orçamento vigente, das classificações
orçamentárias incluídas pelos créditos autorizados no inciso I deste artigo,
promovendo, se necessário, a abertura de créditos adicionais suplementares.
Parágrafo único
- Os valores dos créditos adicionais a que se refere este artigo serão cobertos
na forma prevista no § 1º do artigo 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de março
de 1964.
Artigo 26
- As atribuições do Conselho de Orientação do Fundo de Desenvolvimento da
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte serão definidas em
regimento.
Artigo 27
- Esta lei complementar e suas Disposições Transitórias entram em vigor na data
de sua publicação.
CAPÍTULO VI
Das Disposições Transitórias
Artigo 1º
- O Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba será
instalado no prazo de 90 (noventa) dias contados a partir da publicação desta
lei complementar e seu Regimento provisório deverá ser elaborado no prazo de 30
(trinta) dias após a sua instalação.
Artigo 2º
- Os membros do Conselho de Orientação do Fundo de Desenvolvimento da Região
Metropolitana do Vale da Paraíba e Litoral Norte serão indicados em até 30
(trinta) dias contados da data da constituição do Fundo de Desenvolvimento da
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
Artigo 3º
- Enquanto o Conselho de Desenvolvimento não especificar as funções públicas de
interesse comum, prevalecerão as compreendidas nos seguintes campos funcionais:
I -
planejamento e uso do solo;
II
- transporte e sistema viário regional;
III
- habitação;
IV -
saneamento ambiental;
V
- meio ambiente;
VI
- desenvolvimento econômico;
VII -
atendimento social;
VIII
- esportes e lazer.
Artigo 4º
- Enquanto não for criada a entidade autárquica a que se refere o artigo 17
desta lei complementar:
I
- caberá ao Secretário de Desenvolvimento Metropolitano indicar 2 (dois)
membros do Conselho de Orientação do Fundo de Desenvolvimento da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, devendo os demais ser
escolhidos, em votação, pelo Conselho de Desenvolvimento;
II
- a Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento será exercida,
temporariamente, por entidade estadual de caráter metropolitano, indicada por
decreto.
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